Com a pandemia de Covid-19, o Brasil não teve alternativas a não ser implementar a quarentena para evitar o contágio acelerado da doença. Isso porque um número alto de infectados ao mesmo tempo sobrecarregaria o sistema de saúde do país e faria com que muitas pessoas não tivessem acesso a tratamento adequado. Apesar das notícias sobre a crise causada por essa doença em outros países circular desde o início deste ano, a mudança na rotina dos brasileiros foi brusca e repentina. Da noite para o dia, escolas foram fechadas e passaram a ter que atender seus alunos de maneira remota. Pais e responsáveis passaram a ter que acompanhar a rotina escolar de seus filhos de perto. Mas essa é apenas uma face do problema. Ainda há aqueles que não têm acesso à internet e muitas vezes nem a comida, pois não podem trabalhar nesse período. Diante desse cenário, como proceder?
Um ponto importante a levar em consideração é a maneira como a Educação tem sido pensada. “Ao longo dos anos, não tivemos uma Educação que priorizasse a autonomia dos alunos e nem que utilizasse o digital como ferramenta permanente de estudo”, explica Luciene Tognetta, pesquisadora do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Do lado dos pais, o cenário não é diferente. Ninguém os preparou para equilibrar o acompanhamento das atividades escolares ao mesmo tempo que precisam lidar com tarefas e preocupações do trabalho e de casa. Então, a primeira coisa a se fazer é entender que a adaptação não será perfeita e que todos estão dando o seu melhor nessa nova realidade. É o que ressalta a professora Adriana Marcondes, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). “Todos estão se esforçando para dar conta de um jeito de fazer Educação que é remoto e cheio de imprevistos”, afirma. Além disso, a professora aponta que esse é o momento de reforçar os vínculos dentro entre professores, pais e alunos. Por isso, é importante entender a sua comunidade escolar para atendê-la bem.
Para dar sequência ao trabalho, o corpo docente da escola tem produzido um portfólio online, colocado especificações de aprendizagens nas descrições dos vídeos e planejado devolutivas aos pais. Como devolutiva das entregas, várias famílias passaram a enviar vídeos de seus filhos realizando as atividades propostas por meio das redes sociais da unidade escolar. Claro que esta não é uma solução definitiva. Um primeiro levantamento da escola, mostra que de 212 alunos, apenas 45 famílias participam do grupo de WhatsApp dos pais na EMEI Nelson Mandela. Ainda não se sabe ao certo o tamanho do alcance dessas iniciativas. Mas a equipe tem se reunido todos os dias por meio de videoconferência para discutir os próximos passos.
Redes sociais a favor da Educação
Na EMEI Nelson Mandela, na Zona Norte da capital paulista, a produção para o Facebook e Instagram já acontecia com alguma frequência. Mas com a quarentena, essa passou a ser uma ferramenta essencial. “Assim que o fechamento da unidade foi anunciado [15 dias de recesso], uma mãe veio conversar comigo sobre quais atividades poderia fazer com seu filho em casa”, comenta a diretora Jaqueline Rinaldo. As professoras e equipe da escola produziram alguns vídeos de conscientização para prevenir o coronavírus e também de atividades simples para os responsáveis realizarem com as crianças. Até então, o planejamento da escola se tratava de uma medida apenas para suprir uma necessidade imediata dos pais e responsáveis.
Com o retorno das aulas, de maneira remota a partir do dia 13 de abril, as necessidades mudaram. “Percebemos que precisávamos continuar trabalhando dentro daquilo que havíamos planejado para o semestre e também do material que a prefeitura está enviando às casas dos pequenos”, comenta a diretora.
Redes sociais a favor da Educação
Na EMEI Nelson Mandela, na Zona Norte da capital paulista, a produção para o Facebook e Instagram já acontecia com alguma frequência. Mas com a quarentena, essa passou a ser uma ferramenta essencial. “Assim que o fechamento da unidade foi anunciado [15 dias de recesso], uma mãe veio conversar comigo sobre quais atividades poderia fazer com seu filho em casa”, comenta a diretora Jaqueline Rinaldo. As professoras e equipe da escola produziram alguns vídeos de conscientização para prevenir o coronavírus e também de atividades simples para os responsáveis realizarem com as crianças. Até então, o planejamento da escola se tratava de uma medida apenas para suprir uma necessidade imediata dos pais e responsáveis.
Com o retorno das aulas, de maneira remota a partir do dia 13 de abril, as necessidades mudaram. “Percebemos que precisávamos continuar trabalhando dentro daquilo que havíamos planejado para o semestre e também do material que a prefeitura está enviando às casas dos pequenos”, comenta a diretora.
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